quinta-feira, 12 de abril de 2012

OS HOMENS QUE PRESERVAM BENS CULTURAIS EM VOGA - LÍBANO MONTESANTI CALIL ATALLAH


OS HOMENS QUE PRESERVAM BENS CULTURAIS EM VOGA

Lancei mão de uma polemica muito interessante que envolve meu pai Líbano Calil Atallah, Américo Facó, Castelo branco, Carlos Drummond e José Mindlin.
O poeta cearense Américo Facó, 


jornalista e diretor literário da Revista Fon-Fon, considerado poeta surrealista, pelo menos o foi no inicio de sua obra. 
Ele compôs sessenta versos que foram publicados no Jornal do Ceará e no Álbum Imperial de São Paulo, por volta de 1907/8, alem de outras obras.
Seus artigos em oposição ao governo de Nogueira Acioly, no Ceará, quase lhe renderam a morte.  Tomou uma surra desgraçada e só foi salvo pela intervenção, de ultima hora do Capitão Castelo Branco, do exército. Que residia perto de sua casa. Graça a Deus ouviu seus gritos.
Era amigo de Carlos Drummond que o tinha em alta estima, trabalharam juntos, justamente por intervenção de Facó na Revista Fon-Fon. Drummond dedicou-lhe o livro Claro Enigma.
Em O Observador no Escritório, Drummond escreveu: "Na casa da Rua Rumânia, durante três noites, confiei-lhe os originais do meu livro Claro Enigma e ouvi suas opiniões de exímio versificador. Eu 'convalescia' de uma amarga experiência política. Paciente e generoso, Facó passou um mínimo de nove horas, contando as três noites seguidas, a aturar minhas dúvidas e indecisões. Se não aceitei integralmente suas observações, a verdade é que as três vigílias me deram ânimo a prosseguir. E me fizeram sentir a nobreza do seu espírito de autêntico homem de letras, mais preocupado com a linguagem e seus recursos estéticos do que com a fácil vida literária das modas e dos bares."
O texto acima foi colhido da Wikipédia. É para ajudar a salientar a importância do poeta Américo Facó.
A questão é a finalidade que se deu a sua Biblioteca, após a morte do personagem, que segundo Carlos Drummond de Andrade esta deveria constar dos catálogos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Mas que, no entanto foi adquirida pelo livreiro de São Paulo Líbano Calil, 

da Livraria Calil Antiquaria. Considerada pela imprensa e meio cultural, como a mais tradicional e conceituada Casa Bibliográfica de nosso país.
Isso foi postado em todos os canais e sob informação de Dr. José Mindlin, conceituado acadêmico e também bibliófilo.
Fatalmente meu pai a comprou de seus parentes herdeiros, que por algum motivo considerável, resolveram dar crédito a nossa Casa.
A dissolução deste acervo foi muito discutida por toda a imprensa. Foi um alvoroço, sem duvida.
A personalidade de meu pai não o permitiria desconsiderar a importância do lote. Ao contrário, como livreiro era imbuído de preservar livros importantes para a cultura nacional, ainda mais quando advinham remanescentes, de colecionadores conceituados. Ele estava ali por amor aos livros e a intelectualidade brasileira. Era um de seus maiores signatários. Sua Biblioteca, ainda pode documentar a afirmação acima.
O caso é que os livros mais significativos e em composição coerente, foram recolhidos por meu pai e arquivados em nossa Biblioteca, essa mesma que a nossa família, em consideração ao meu pai e ao Brasil, está dando justo destino, ainda em uníssono será preservada para a eternidade em sala única. Ficará definitivamente a disposição de todos interessados em conhecê-la ou para ali pesquisar.  Logo teremos mais noticias sobre esse projeto, no momento em andamento.
Logicamente o cearense Américo Facó, junto de Drummond, Mindlin, Castelo Branco, Líbano Calil e muitos outros intelectuais, que hoje já não estão mais entre nós, fisicamente, ficarão felizes, seja lá onde estiverem, oxalá nos Castelos Divinos, com essa notícia.

Líbano Montesanti Calil Atallah
Bibliófilo, Artista, Professor e Empresário

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